domingo, 10 de fevereiro de 2008

Sweet & Sour


Juno é o filme hype da vez. E assim como o hype do ano passado, Pequena Miss Sunshine, está concorrendo ao Oscar, em 4 categorias diferentes. Mas falemos do Oscar mais pra frente. Vamos à Juno.

O filme leva o nome da personagem central da trama, interpretada por Ellen Page. Juno engravida de seu melhor amigo, Bleeker (Michael Cera) e resolve dar a criança para adoção. Os pais escolhidos são Vanessa e Mark, interpretados por Jennifer Garner e Jason Bateman. E por aí corre a história.

Olhando assim parece extremamente simples... e é! A grande graça do filme está nos diálogos, eles são rápidos - não ao nível Gilmore Girls que quase causam convulsões no público - e sagazes. Nada fica sem resposta, o sarcásmo nunca é deixado de lado, até a técnica do ultra-som tem que engolir suas palavras. Juno é a campeã das ironias, mas o atendente da farmácia, logo no início do filme, também tem ótimas tiradas com a garota e seu terceiro teste de gravidez. Além dessa sagacidade dos diálogos, há uma fofura no ar, que nos encanta mais ainda durante o filme e faz com que nos envolvamos cada vez mais com a história de Juno.


Juno foi escrito por Diablo Cody, que já foi stripper e escreveu um livro sobre sua vida noturna, um sucesso de vendas. Aí você pára e lembra de um caso parecido aqui dos trópicos... Diferente da Bruna Surfistinha, Diablo tem mais 3 roteiros a serem filmados no ano que vem, e também trabalha junto com Steven Spielberg na série The United States of Tara.

Juno foi o primeiro roteiro escrito por ela e foi indicado ao Globo de Ouro e ao Oscar. Difícil julgar racionalmente se ganhará ou não o prêmio da acadêmia, pois dos outros indicados só vi Ratatouille. Assim, às cegas, digo que tem chance, pois a história é bem interessante e o personagem central é muito bem trabalhado. Juno parece ser muito segura e ter tudo sob controle, mas numa conversa com seu pai percebemos que assim como qualquer adolescente, ela é frágil e tem seus questionamentos.

O diretor Jason Reitman ficou conhecido pelo seu filme anterior, Obrigado Por Fumar, e assim como a dois anos atrás, realizou um bom trabalho. Nada incrível ou surpreendente, bom. Concorrendo com os irmãos Coen e Paul Thomas Anderson, diretores já consagrados, fica bem difícil de vencer a disputa. Os outros concorrentes são fortes e já têm nome, então, assim como Pequena Miss Sunshine ano passado, acho que apesar do filme ser ótimo e diferente do que temos por aí, não deve levar o homenzinho dourado.

A outra categoria a que o filme concorre é de melhor atriz. Ellen Page faz um ótimo trabalho como Juno, mas concorrendo com outras grandes atrizes, como Cate Blanchet a disputa é quase injusta. Ela é a grande graça do filme, é encantadora a forma como a personagem se desenvolve com o passar do tempo e dos pequenos desafios que a gravidez representa.

Todas as indicações de Juno aliás são de certa forma injusta, pois apesar de ser um ótimo filme, que venceu diversos festivais pelo mundo, não tem força pra concorrer com os gigantes do Oscar. Mas acho que só a indicação já é válida, afinal das centenas de filmes lançados pela indústria americana no último ano, são poucos os que chegam a uma indicação.

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Avaliação final: Ótemo! *****

*Explicação do critério da nota:
Uma merda!-----*
Nhé...------------**
Mahomenos -----***
Bão! -------------****
Ótemo! ----------*****

(mudei um pouco o critério da nota por que tava meio dúbio)

2 comentários:

Anônimo disse...

Eliseeenha,
Apreciei os novos critérios de nota e a repaginação do blog.
Mto legal.
Agora estou com vontade de ver Juno e a culpa é sua... Assim como no cao do Sweeney Todd. Vc me paga!
E... ahmmm... enfim...
Beijomeliga

Unknown disse...

pra mim foi mais pra um Nhé...